Clique e converse:

OTA’s – Na mira de investigações por conta de práticas comerciais desleais

OTA’s – Na mira de investigações por conta de práticas comerciais desleais

Por conta de investigação realizada no Reino Unido as OTA’s serão obrigadas a acabar com práticas comerciais desleais.

Talvez para muitos a nomenclatura OTA’s, não seja muito familiar, porém, para que se facilite o entendimento acerca do presente post, quando falamos das OTA’s – online travel agencies, ou traduzindo agência de viagens online, ou para facilitar mais ainda, nada mais nada menos que estamos falando de Booking.com, Expedia, Trivago (quem já não viu uma propaganda), Hotels.com e outras.

Esse mês, um departamento governamental no Reino Unido, a Autoridade de Concorrência e Mercados (CMA), anunciou os resultados de uma investigação que comprovou práticas comerciais desleais em sites de OTAs.

Agora, a CMA está cobrando que esses sites mudem suas práticas que prejudicam tanto consumidores quanto os hotéis, até o dia 1° de Setembro deste ano.

A investigação, que deu início em Setembro de 2017 e teve sua conclusão Fevereiro deste ano, concluiu práticas de venda manipuladas em algumas das OTAs monitoradas. Dentre o grupo investigado, estavam as gigantes da hotelaria: Expedia, Booking.com e Trivago.

De acordo com o inquérito, alguns sites de distribuição hoteleira praticam descontos enganosos, manipulam preços e criam sensos de urgência com anúncios falsos. Agora, esses sites serão obrigadas formalmente a mudarem a forma como operam.

De acordo com a CMA, anúncios nas OTAs que indicavam falsamente “só mais um quarto disponível” e “reservado 4x nas últimas 24h”, levavam os consumidores a superestimarem a popularidade dos quartos e a tomarem decisões baseadas em fatos manipulados.

Outra exigência da CMA é que as OTAs deixem claro os critérios de rankeamento dos hotéis nessas plataformas. Por exemplo, se e quando a posição do hotel é influenciada pelo valor da comissão paga ao site.

Além disso, as OTAs deverão deixar claro ao hóspede, no preço anunciado, quais as tarifas extras, que normalmente ficam escondidas até o final do processo de reserva.

Casos de práticas desleais das OTAs

Pesquisas prévias ao lançamento oficial da investigação constataram alguns casos preocupantes. Entre os casos inicialmente averiguados estavam:

  • Um quarto de hotel em Nova York tinha sido anunciado por 166,00 euros. Porém, quando o viajante clicava para reservar, o quarto ficava 27% mais caro, com a inclusão de taxas e outros impostos que aumentaram o valor para 211,00 euros.
  • O site de viagens Expedia anunciou uma noite no Hotel Alsisar em Jaipur, Índia, por 37,29 euros. Supostamente, o preço original era de 109,00 euros, o que parecia um ótimo desconto para o viajante. Porém, a mesma noite, se reservada diretamente no site do hotel, estava sendo cobrada por 34,35 euros.
  • Em um email promocional, Hotels.com anunciou que a estadia de uma noite em um hotel de luxo em Londres estava 388,00 euros. Porém, o preço mais baixo encontrada para qualquer data no site oficial do hotel estava em 488,00 euros.
  • Não tem como verificar a veracidade de anúncios que alegam que um número específico de viajantes estão procurando pelo mesmo hotel em determinada data ou se estão procurando apenas por hospedagens no mesmo período.

Ao todo, foram seis empresas investigadas. No entanto, a CMA deixou claro que não foi constatado infração em todos as OTAs envolvidas. Mesmo assim, de acordo com o site de notícias Panrotas, “a autoridade de concorrência afirma que vai monitorar a conformidade e que espera que outras OTAs, metabuscadores e cadeias de hotéis sigam o mesmo cronograma”.

FONTE: https://blog.asksuite.com/2019/02/19/otas-praticas-comerciais-desleais/?utm_source=email

Em que pese o presente panorama ser apresentado como ocorrido no Reino Unido, seria uma utopia acreditar que tais práticas não estejam sendo praticadas em outros países, inclusive no Brasil, assim, deve o consumidor sempre estar atento as essas ofertas mirabulantes que estes canais de reservas oferecem, pois, muitas vezes o barato pode sair caro.

Ademais, não há como o consumidor pagar mais barato por uma diária de hotel reservando por intermédio de um canal de reservas, do que reservar diretamente com o hotel, o raciocínio é simples, ou seja,  os canais de reservas não passam de meros intermediadores e esta intermediação tem um preço. Portanto reservar direto com o hotel além de ser mais barato também é mais seguro.

Guidio Advogados e Consultoria Jurídica – Advocacia Especializada e Inteligente

Advogados em São José dos Pinhais

Advogados em Curitiba

 

    Olá!

    Converse com um especialista do escritório Guidio Advogados pelo WhatsApp:

    Especialista em Direito Clique para conversar
    554130580100
    Especialista em Direito Clique para conversar
    554130581990
    Ou clique aqui e ligue para 41 3058-0100.
    ×